Por Cleber Oliveira, da Redação
MANAUS – O segundo turno da eleição suplementar ao Governo do Amazonas impõe uma provocação aos candidatos Amazonino Mendes (PDT) e Eduardo Braga (PMDB): a inversão do padrão eleitoral. Negociar alianças com adversários derrotados no primeiro turno para obter migração de votos se apresenta menos prioritária que convencer eleitores que não votaram ou decidiram votar em branco e nulo a apoiá-los.
Nesse domingo, 569.501 eleitores não compareceram às seções eleitorais. O índice de 24,35% de abstenção é praticamente um empate técnico com o de Eduardo Braga: 25,36%, que recebeu 377.680 votos tendo como parâmetro o total de eleitores. Considerando a votação, a abstenção representa outro empate técnico, desta vez em relação aos votos recebidos por Amazonino Mendes: 577.397 (38,77%). Os brancos foram 61.826 (3,49%) e os nulos 218.201 (12,33%).
Do eleitorado que compareceu às urnas, os votos nulos foram maiores que os recebidos pelo quarto colocado, o petista José Ricardo: 181.257 (12,17%). O comparecimento às urnas foi de 75,65% (1.769.385 eleitores). Considerando a diluição de votos entre os outros seis candidatos, os faltosos e a escolha pelo branco ou nulo, caso sejam convencidos pelos postulantes ao governo no segundo turno, ampliarão as chances de eleição.
Eduardo Braga já declarou que irá falar para esse eleitorado na curta campanha do segundo turno. O desafio está em convencer um eleitor que decidiu não ir às urnas e, entre os que foram, parte significativa anulou o voto ou escolheu votar em branco, a votar no peemedebista.
Para analistas políticos, a abstenção é causada por uma série de fatores, entre eles a insatisfação pelo sistema de votação vigente, falta de esclarecimento eleitoral (ausência de informação sobre programas, regras eleitorais, informação pormenorizada sobre candidatos), desmobilização do eleitorado pela divulgação de pesquisas que dão ênfase reforçado na necessidade de voto útil nos ‘grandes partidos’ e falta de identificação com projetos de candidatos.
No primeiro turno, Amazonino e Braga não conseguiram atrair esse eleitorado. Falar para eles no segundo turno será um exercício de convencimento. Esses votos não decidem eleição, mas representam um recado direto do eleitorado: que os postulantes ao cargo público não são unanimidade.
Quer dizer que aproximadamente 800.000 amazonense não quer nenhum dos dois candidatos como governador do Estado é por isso que tá na hora do TRE acabar com voto obrigatório mudar essa política que nós temos hoje que só prejudica o nosso estado e o nosso Brasil o povo está cansado de ser enganado e cansado de muita corrupção. Agora no segundo turno teremos aproximadamente um milhão de eleitores amazonense votando nulo mostrando o que é contra o atual quadro de candidatos