Foram oito jogos com a Amarelinha e o “Genial” Dunga alcançou a sua oitava vitória. Passou sem dar confiança por seleções como as da nossa arquirrival Argentina, França, Equador, Áustria, Chile e Colômbia. O super técnico deu o passe para dezoito gols e não conseguiu defender apenas duas bolas.
O cara é fantástico!
O Brasil, país que o emprega através da brilhante Confederação Brasileira de Futebol, acaba de fazer um grande carnaval ao perder para a Colômbia e trazer o honroso título de campeão sul-americano de futebol Sub-17. Aqui é que reside a preocupação. Os novos valores da nossa futura seleção não jogam nada, não se vê como poderemos evoluir com garotos tão desligados, e todos sem dar valor à posse da bola.
Uma tragédia! Carnaval com derrota: é o fim!
Agora vamos falar sobre a nossa seleção principal e como enfrentaremos o mundo nas Olimpíadas do Brasil. No domingo, 29 de março de 2015, vimos uma seleção brasileira dentro dos moldes que queremos. A seleção fechava-se na hora certa, driblava quando não oferecia riscos, partia para o gol com alas ou como laterais, e o meio, ainda frágil, não comprometeu a baixa defesa que temos. O ponto alto foi, sem a menor dúvida, o primoroso toque de bola que reencontramos. Toque forte, preciso, sem firulas, rápido, foi de fazer inveja ao Pepe Guardiola, sem dúvidas, o mais genial de todos os técnicos do momento.
É uma alegria imensa voltar a falar bem da nossa seleção e dos nossos craques. Eu prefiro dar créditos ao Neymar & Cia. O Dunga é de uma geração de rabugentos que, no início é todo simpático, e quando o Brasil precisa do seu bom humor, revela-se o T-Rex que nunca o abandonou. Há sempre uma reedição do clássico da literatura mundial: O Médico e o Monstro, onde nunca houve o bonzinho. O mundo não vê nos técnicos das suas seleções pessoas tão antipáticas e sem formação como frequentemente vemos nas nossas seleções de futebol.
Eu creio que demos início à “Era Neymar” e devemos abandonar o carimbo do desproporcional Dunga. Deixemos o Dunga trabalhar. Ao Dunga cabe o adjetivo de bom caráter, o que é uma obrigação, tão desprezada nesta fase em que a televisão nos apresenta o ótimo Juiz Moro, ao lado do Zelaza, que ao substituir o Nestor “Maskara” Cerveró, já mandou para os paraísos fiscais, em tão pouco tempo, 80 milhões de euros. Ou de dólares. Já perdemos a noção de valores. Eu só sei que a Petrobras deve puxar do pré-sal e do sal ouro, esmeraldas, diamantes e rubis, todos lapidados e lambuzados deste tal de petróleo, já refinado. É muita grana que essa empresa deixa escoar pelos seus dutos com a certeza de que os brasilinos estarão vivos para pagar.
Voltemos para a nossa seleção que tornou a nos dar alegrias. A seleção brasileira
fará uma nova representação do nosso futebol, em junho de 2016, nas Olimpíadas do Rio. A essa péssima representação que hoje temos, seremos melhorados com a escalação de mais três profissionais acima de vinte e três anos. Espero que entre neste timeco alguém como o Davi Luiz, bom como zagueiro e ótimo como cabeça de área. A outra opção é a entrada de três geniais, em que poderíamos escalar Neymar, Robinho e Ganso. Recuperaríamos o craque do São Paulo para o time principal e ainda teríamos uma seleção competitiva. A nossa seleção olímpica é péssima. Vale a pena lembrar que os três juntos já treinaram muito e mostraram do que são capazes, em um passado bem recente. Como todos sabemos mais de futebol que os nossos desinformados treinadores, pois os coitados não tiveram a oportunidade de estudar ou mesmo de frequentar qualquer tipo de escola, podemos dizer que um jovem atleta como o Ganso, não teve tempo para desaprender a difícil arte de jogar futebol. Está mal treinado ou mal cuidado por médicos e fisioterapeutas. Vale a lembrança de um caso contado na televisão.
O Toró, grande jogador de futebol e convidado para ser o Dublê do Pelé no filme do Rei, foi vitimado em um desastre. Após a recuperação dada como completa, o atleta disse para o treinador que não estava conseguindo fazer as mesmas jogadas que antes porque o seu corpo não mais o obedecia. Várias tentativas foram feitas pelos geniais treinadores e o Toró não conseguiu ser o brilhante camisa 10 de outrora. Resultado: desceram-no para a cabeça da área e ficou conhecido como um esfolador de canelas, coisa que ele não tinha a menor competência. A coordenação motora de um atleta é matéria para cientistas do esporte, pessoas que passaram décadas em pesquisas e encontros com outros cerebrais. Nós não temos isso no nosso querido e rico Brasil do Mobral. Rezemos e oremos pela nossa Seleção Olímpica, pois a principal já está começando a nos presentar com potes de alegria.
… e Viva o Brasil!
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Roberto Caminha Filho, economista e nacionalino, voltou a ser feliz com a Seleção Canarinho.